domingo, 24 de junho de 2012

Trilha Inca - 1º dia

Olá...

Primeiramente queremos dizer para todos aqueles que acharam nossa viagem um completo programa de índio que poderão ver nos próximos posts a estrutura, a aventura e a maravilha que foi termos feito a trilha. As fotos mostrarão apenas uma idéia do que realmente aconteceu por aqui, mas saibam que na verdade é impossível contar todas as experiências apenas por escrito.

Vivemos não só uma aventura, mas também um aprendizado. Temos certeza que cada um passa pela trilha inca com uma impressão. Para alguns é uma aventura, para outros um esporte, para outros até mesmo uma provação. Mas para nós com certeza foi, além de tudo isso, um aprendizado de que podemos superar nossos limites, sermos melhores conosco mesmo e com os outros e principalmente aprendemos o que é conviver e depender uns dos outros nos momentos que não podemos contar com mais ninguém. Nosso grupo se tornou uma família completa e cada um teve sua importância nela.

Vamos começar os relatos então...

PRIMEIRO DIA: DESCOBRIMENTO!!

Acordamos cedinho na terça-feira, dia 19/06/2012, e como já contei no post "Saída para a Trilha Inca" tomamos café, fizemos o check out e pegamos o ônibus. Depois de nós ainda havia muitos passageiros para pegar e após embarcar o último foi a vez de buscarmos a equipe de carregadores e cozinheiro. Todos a bordo partimos para a cidade de Olantaytambo que fica há 1hora e meia mais ou menos de Cusco onde paramos por 25 minutos para comprarmos algo mais que houvesse faltado e para pegarmos nossos últimos dois passageiros.

O grupo ao todo foi formado por 17 passageiros e 17 carregadores, também chamados de porteadores. Dos 17 passageiros 11 eram amigos de Minas Gerais que viajavam juntos, até camiseta "Machu picchu 2012" eles fizeram, os 6 restantes eram nós dois, dois paranaenses (concunhados), um catarina e uma chinesa de Hong Kong (que falava inglês). Dali partimos para o Km 82, local de início da trilha, onde separamos as malas que iriam com os carrregadores (a minha por exemplo), tomamos um lanchinho e começamos a nossa aventura.



Passamos por um controle onde carimbamos nosso passaporte e apresentamos nosso ticcket de entrada, atravessamos a ponte e já iniciamos com uma subida um tanto quanto íngreme, que nos mostrou o que nos esperava nos próximos dias e já nos fez suar com o esforço. Mas nesse momento a ansiedade e a curiosidade de saber como tudo seria fez o cansaço se dispersar mais que depressa.



O primeiro dia não era muito pesado, como iniciamos a subida por volta de 10:00h, caminhamos até às 14:00h aproximadamente e paramos no primeiro acampamento para almoçar. Aí foi nossa primeira surpresa!! O acampamento é uma organização tão impressionante que nos deixou de boca aberta. Os carregadores saem sempre na nossa frente e como possuem prática sobem a montanha muito mais rápido. Assim, chegam nos acampamentos primeiro, montam as tendas, mesas, bancos, colocam a mesa com todos os talheres, guardanapo, pratos e começam a fazer a refeição.

Quando chegamos sentamos todos juntos em uma mesa enorme e almoçamos. O cardápio é realemnte surpreendente considerando que estamos na montanha. Entrada: caldo quente. Prato principal: arroz, batata frita, hamburguer de frango e salada de pepino, vagem e cenoura. Por fim ainda nos servem um chá para a digestão e no primeiro dia claro que foi de coca. Mais que a diversidade da comida ficamos perplexos também com o sabor. Todas as refeições foram muito saborosas!!!



Barrigas cheias tivemos 30 minutos de descanso e continuamos nossa caminhada. O primeiro dia compreende aproximadamente 11 a 12 quilômetros e como há subidas, descidas e lugares planos, o cansaço não é tão grande, isso somado a ansiedade do início deixa tudo mais agradável. A vista é maravilhosa e passamos por vários pontos de descanso onde há pessoas que moram na montanha que nos vendem água, refrigerante, até cerveja.


Fizemos uma parada de alguns minutos em um sítio arqueológico para explicações e de lá seguimos caminho até nosso primeiro acampamento que aconteceu no pátio da casa dos moradores da região. Dessa vez ainda tínhamos até energia elétrica. Tivemos um "happy our" com pipoca, chá e bolachinhas e fomos nos instalar nas barracas que já estavam montadas quando chegamos.



O que mais nos impressionou foi, com certeza, os carregadores. São pessoas de jovens a já bem experientes (tinha uns com cabelos brancos) que chegam a carregar 30 Kg de bagagem nas costas em bolsas às vezes nada apropriadas para isso. Levam as bagagens de quem pagou, a comida, as bebidas, as mesas, barracas, bancos, talheres e até o botijão de gás. É impressionante e ao mesmo muito triste, pois descobrimos que cada carregador ganha 170 soles pelos 4 dias de subida, o que equivale a aproximadamente R$130,00.


Jantamos, tomamos um chimarrão com nossos novos amigos paranaenses e fomos dormir. O acordo do dia seguinte: Seríamos acordados às 05:30h, deveríamos estar com as mochilas prontas e fora das barracas até às 06:00h, tomaríamos café da manhã até às 06:30h e 06:40h já estaríamos de volta à trilha. O pequeno detalhe é que à noite faz muito frio e mesmo dormindo com nossas roupas e nos sacos de dormir com isolantes ainda passamos um pouco de frio.




Até o segundo dia...

Abraços.

Um comentário:

  1. Cleide Maria e Pedro Antonio, estou achando bárbara a viagem de vocês e adorando que estejam gostando tanto, aliás eu tinha e continuo tendo 2 certezas: Que vocês iriam amar esta viagem e que eu jamais penso em fazê-la, pois para MIM seria um "programa de índio"... rsrsrs
    Mas acho muito legal os relatos e a história de superação... Talvez um dia eu mude de ideia (talvez com os relatos pessoalmente) e acabe querendo conhecer estas maravilhas... Beijão e continuem aproveitando muito... Ah, Cleide, tua poção tá prontinha te esperando... rsrsrsrs

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