terça-feira, 26 de junho de 2012

Trilha Inca - 2º dia

Olá...

Continuando nossa trilha...

SEGUNDO DIA: SUPERAÇÃO!!!

Nosso segundo dia começou como o combinado na noite anterior, às 05:30h estávamos levantando e às 06:40h estávamos saindo para a trilha após um café da manhã bem reforçado.

Esse é o dia mais difícil de toda a trilha. São 30 minutos de caminhada quase plana até um outro sítio arqueológico na montanha, depois mais 45 minutos de subidas e descidas até nosso ponto de descanso. Deste ponto em diante a trilha é massacrante, o esforço é inimaginável e o desgaste físico nos deixa exaustos.

Segundo ponto de descanso

São aproximadamente 2 horas de subida íngreme quase toda de degraus de pedra irregulares até o próximo ponto de descanso. Chegamos lá completamente suados e cansados, sem fôlego em razão da altitude, para completar é muito frio nesse trecho da montanha de modo que não podemos nos desabrigar, ficamos completamente suados e encasacados. Após esse trecho as coisas ainda pioram um pouco, são mais 2 horas de subida ainda mais íngreme onde o ponto de descanso é o topo da montanha e a maior altitude que atingimos durante toda a trilha, 4.125m de altitude.



Descansando um pouco


Chegada no pico


Chegar ao topo é não só uma realização pessoal, uma superação física, mas nos dá também um sentimento de que podemos alcançar nossos objetivos, sejam eles quais forem. Ficamos lá acompanhando as outras pessoas que vem chegando vagarosamente e dando força a cada um. É muito gratificante.

A exaustão deste dia é tamanha que há pessoas que choraram durante a trilha, há aqueles que ficaram de muito mal humor, há quem não conversava mais, há quem ficou para trás, há quem chegou bem na frente. É uma provação para qualquer ser humano, mas no topo a felicidade é unânime.

Nesse dia começamos a nos sentir como uma família de verdade. Mesmo com nossas diferenças, mesmo não nos conhecendo de verdade nos apoiamos uns nos outros para superar nossos obstáculos.

Tiramos foto do grupo no topo, com exceção de nossos colegas paranaenses (Marcus e Mateus) e do catarinense (Marcos) que ficaram um pouco para trás e iniciamos nossa descida. O acampamento ficava há aproximadamente 2 horas de descida e acreditem, a descida era tão íngreme quanto a subida em alguns pontos.

Descer é relativamente mais fácil, a respiração flui, mas os degraus muito altos nos cobram muito dos joelhos e tornozelos, considerando o esforço feito anteriormente, o vento muito forte e frio que vinha de encontro e o fato de ainda não termos almoçado, pois há 3.800 m de altitude para cima nosso organismo não está acostumado a comer e seguir fazendo tanto esforço, portanto almoçamos apenas no acampamento, a descida se torna um pouco menos agradável do que deveria.


Chegamos ao acampamento aproximadamente às 14h e uma hora mais tarde estávamos almoçando uma refeição deliciosa. Tivemos a tarde livre para descansarmos, quase a maioria foi dormir e tivemos cerca de uma hora de chuva que deixou o sono ainda mais relaxante. Às 16h chegaram nossos colegas que ficaram para trás e após a soneca passamos longas horas conversando.

Descanso merecido

Fizemos uma amizade carismática, formamos nosso grupo tão consistente quanto o dos mineiros, na verdade ainda mais consistentes. A partir desse segundo dia nós 6 (Marcus, Mateus, Marcos, Suzan e nós dois) passamos a ficar mais próximos e a compartilhar nossas experiências. Foi um dia de cansaço, amizade, alegria e superação e podemos encher o peito e dizer: SIM, NÓS SOBREVIVEMOS!!!!

Após conversas, risadas, café da tarde e jantar nosso guia Ciro (um cara muito bacana que nos divertiu muito durante toda a trilha que foi apelidado de Antônio Banderas andino e também de tiririca) nos contou uma história de terror que assombrava aquele acampamento.

Ciro, nosso guia

Diz o guia que há alguns anos quando subia com um grupo grande que havia alguns franceses, houve uma festa regada a vinho para comemorar o aniversário de um deles naquele acampamento do segundo dia e no dia seguinte os franceses não acordaram no horário que chamaram.Após alguns minutos um guia auxiliar foi até a barraca e a abriu encontrando a mesma toda ensanguentada e ninguém por lá. Chamaram a polícia e o grupo seguiu a trilha enquanto o Ciro ficou para resolver tudo. Três dias depois encontraram o corpo de uma das francesas sem a cabeça e a partir daquele dia conta-se que por volta de meia noite alguém bate nas barracas de noite e mesmo que se abra não encontram ninguém. Dizem que é a francesa procurando por sua cabeça.

A história divertiu alguns e amedontrou outros (como eu que na noite anterior tinha ido ao banheiro exatamente por volta da meia noite e fiquei com tanto medo de acordar com vontade denovo que fiz o Pedro cortar uma garrafa para o caso de necessitar, rsrsrsrs.... Mas não foi preciso felizmente) e fomos todos dormir com esse desfecho fenomenal para um dia tão exaustivo.

5 comentários:

  1. Realmente fantástico, admiro ainda mais vcs pelo empenho e superação... Estamos adorando cada postagem.. Todos os dias, várias vezes ao dia, viemos verificar se colocaram mais... Muito legal mesmo!!! Aproveitem, curtam cada momento... Saudades!! Bjão!!

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  2. Uhul!!!
    Ja estou no Brasil!! haha

    Olha o Tiririca, digo, o Ciro ai!! hehe

    Abração!!!

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  3. As melhores dicas para manter uma boa energia física enquanto caminha pela Trilha Inca e Salkantay
    Faça pausas curtas após cada duas etapas de caminhadas (principalmente no segundo em ambas trilhas)
    Sempre respire bem ao caminhar.
    Beba 1,5 litros de água (no mínimo) por dia para se manter hidratado.
    Beber chás de coca em todas as refeições, se possível, e mastigar folhas de coca para neutralizar os efeitos da altura (especialmente durante o segundo dia de caminhada).
    Coma bem; você vai queimar muitas calorias.
    Caminhe no seu próprio ritmo e não force.
    E, claro, aprecie a paisagem e a cultura inca enquanto você caminha. Vai mantê-lo motivado.
    Se precisar de mais dicas pode visitar seguinte site> http://www.trilhaincamachupicchu.com.br/

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  4. Em caso de emergencia para poder fazer ligações no Peru aqui alguns detalhes que pode ajudar na sua viagem para a sua viagem
    Código do Peru 51
    Código de Lima 1
    DDI
    Para fazer um DDI de qualquer telefone fixo ou celular, para qualquer cidade do Mundo, disque:
    Exemplo:
    DDI do Brasil para a cidade de Lima
    00 + 21 + 51 + 1 + número do telefone

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  5. Aqui estão algumas informações e dicas importantes para quem planeja uma viagem a Machu Picchu:

    Trilha Inca: Se estiver buscando uma experiência mais aventureira e emocionante, considere fazer a Trilha Inca. Esta é uma rota de caminhada clássica que leva você através de paisagens deslumbrantes e ruínas incas antes de chegar a Machu Picchu. Certifique-se de reservar com antecedência, pois há limites diários para o número de visitantes na trilha.
    Ingressos para Machu Picchu: Para visitar Machu Picchu, você precisará de um ingresso. É aconselhável adquirir os ingressos com antecedência, especialmente se estiver planejando visitar durante a alta temporada.
    Opções de transporte: Existem várias maneiras de chegar a Machu Picchu. Uma das opções mais populares é pegar um trem de Cusco ou Ollantaytambo para Aguas Calientes, a cidade base para Machu Picchu, e depois pegar um ônibus até a entrada do sítio arqueológico.
    Clima e preparação: Machu Picchu está localizado em uma região montanhosa, onde o clima pode variar rapidamente. É aconselhável levar roupas leves, mas também roupas de frio e impermeáveis, já que a chuva é comum na região.

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