terça-feira, 26 de junho de 2012

Trilha Inca - 3º dia

Olá...
Seguindo nosso caminho inca...

TERCEIRO DIA: CAMINHADA!

Apesar da história da noite anterior ninguém bateu em nossa barraca, ou se bateu não ouvimos porque simplesmente desmaiamos, rsrsrsrs... acredito que foi porque não sentimos frio dessa vez.
Novamente acordamos como o combinado e saímos para a trilha às 06:40h.



O terceiro dia é muito agradável se comparado aos outros dois, isso porque já não possuímos a ansiedade do primeiro dia e não é tão difícil como o segundo dia.



O caminho é mais plano do que íngreme, apesar de haver algumas subidas e algumas descidas e nesse dia visitamos três sítios arqueológicos, o que nos deu mais tempo para descansar.






Apesar da tranquilidade do caminho este é o dia mais longo. São 16 Km de caminhada, a qual se iniciou às 06:40h e terminou somente próximo das 17h. Apesar do caminho ser mais fácil o cansaço é iminente, são ao todo quase 39 Km somando todos os dias até aqui e passamos muito bem por esse dia graças ao nosso super mega ultra poderoso DORFLEX.
Dessa vez tivemos almoço normalmente próximo ao meio dia e como sempre foi delicioso. Caldo quente, frango frito, arroz, batata frita e dois tipos de salada.






Após 30 minutos de descanso voltamos à nossa jornada. O período da tarde foi um pouco mais puxado, mas superamos muito bem. Havia mais descidas e algumas um pouco íngremes, porém, enfim adquiri uma certa prática para descer os degraus mais depressa e pudemos adiantar nossa chegada ao último sítio arqueológico há 20 minutos de nosso acampamento.



Nosso colega catarina (Marcos) nos deu um pouco de emoção descendo os degraus correndo e tomando um tombo que o deixou com os pés para fora da montanha. Mas calma, não aconteceu nada demais a não ser uns raladinhos no joelho.
Em razão da maior facilidade do caminho pudemos conversar e rir bastante durante a trilha. Foi um dia muito divertido. Até "tai chi" a Suzan (que é de Hong Kong) ensinou para o Mateus, mas não nos pergunte como, pois ela não fala nada de português e ele quase nada de inglês. Chorávamos rindo ao ver o diálogo dos dois que ia de francês a chinês. É a diversidade na Montanha!



Esse dia o acampamento foi em um local bem grande onde ficam todas as equipes que estão na montanha e nos perdemos no camping tentando achar nossas barracas. Mas nada que 20 minutos não resolvesse.
Decidimos tomar banho de chuveiro nesse dia, porém não havia chuveiro quente como sempre. Mas mudamos de idéia assim que ligamos o chuveiro. Primeiro o banheiro não é um exemplo de limpeza e segundo porque a água era tão fria que doía. Juro! Onde a água batia chegava a doer de tão frio. Assim, resolvemos apenas lavar a cabeça e continuar com nosso banho de lencinho umedecido que até então estava dando muito certo.
Após o pseudo banho tomamos café e um pouco mais tarde jantamos.
Após a janta tivemos um momento muito especial, a despedida dos carregadores. Foi quase uma festa onde todos eles vieram até a barraca da janta e pudemos saber seus nomes, quantos filhos e o que cada um carregou. Confesso que fiquei emocionadíssima com tudo aquilo. Ver aquelas pessoas totalmente cansadas por terem carregado todas as nossas coisas até ali, lembrar da maneira que os vimos subindo entre nós na montanha alguns até de sandálias e após tudo isso ainda se dedicarem tanto a nós, nos servindo da melhor maneira possível superando todas as expectativas de todos nós. Eram os primeiros a levantar e os últimos a dormir.
Nos reunimos e cada um de nós deu uma contribuição em dinheiro (em torno de 10 dólares) e os entregamos ao cozinheiro que é o chefe do grupo para dividir com os demais. Agradecemos muito, aplaudimos e apertamos suas mãos. Enquanto todos sorriam eu chorei. Chorei de gratidão pelo que fizeram, de emoção pela despedida, mas absolutamente de tristeza de saber que ganham tão pouco para fazer tanto.



Nos despedimos deles no terceiro dia porque eles não podem entrar em Machupicchu em razão do peso das bagagens. Nem mesmo nós pudemos entrar, é preciso guardar as mochilas e entrar sem bagagem. Por conta disso o quarto e último dia começa mais cedo que os demais.
O combinado da noite: No dia seguinte levantaríamos às 03:30h, devíamos sair das barracas o quanto antes, no máximo às 04:00h, tomar o café e ir bem rápido para a fila do controle que libera nossa passagem para o último trecho da trilha que termina em Machupicchu. Os carregadores deviam desmontar as barracas e recolher as bagagens e descerem cerca de 500 metros para tomar o trem que vai para a cidade de Águas Calientes às 05:00h. Por isso não podíamos atrasar.
Fomos para a barraca para nossa última noite na trilha inca.

Até a próxima...

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